segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Matizada em tons de tempestade e vastidão. Um som que morreu manchou de escarlate meus cabelos e machucou com o estalo minha boca violeta, fazendo escorrer meu sangue roxo. Foi uma gota que tingiu meus dedos, até então amarelo trigo, ao rolar de leve pelo meu braço alaranjado. Caiu no chão e, engolida pelo asfalto, fez a rua querer chuva que veio solícita. As gotas de chuva pairaram um instante ante meu rosto azul oblíquo e se jogaram logo em seguida, numa avalanche magenta. Desbotei-me. Sou cinza claro.

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